Hoje eu saio de casa
Vou ver minha cara molhada
Vou procurar entender
O desespero da rua alagada
Há muitos carros na estrada
E pouco verde para se ver
A roça já virou aslfato
O leite está envenenado
Hormônios e peitos a crescer
No campo, na cidade ou na favela
O homem se embebeda até o dia amanhecer
Até queimar a carne e sentir
Que a falta de amor vai nos destruir
Por isso eu grito, me rasgo assim
Por clemência ou inocência
Quem vai nos redimir?
Oh Deus
Quem vai nos redimir?
Oxalá
Quem vai nos redimir
Alah
Quem vai nos redimir?
Oh Jah, oh Jah